Daí um dia qualquer, com cheiro de tapioca com coco, você acorda e após o café, regado sem açúcar - que é pra combinar com o seu humor mais ou menos, se dá conta de como algo está faltando.
Vai até a varanda, repara nas plantas, não é falta de água porque choveu ontem, nem adubo ou sol. É talvez seja sol, que tá fraco, mas pelo menos tem uma claridadezinha.
Vai até a lavanderia, tira a roupa do varal, põe os lençóis na máquina, passa pela sala, tira os jornais do chão. No banheiro limpa a pia suja de pasta de dente e toma um banho. Ao passar pelo corredor tira o tênis que está no caminho e vai pro quarto se trocar. Perfuma-se, veste-se, e ao olhar-se no espelho imagina como estará daqui uns anos, mais velha, mais madura...não, pensa: "Mais radiante".
Enfim, pega a bolsa e sai para a vida de uma professora-pesquisadora ocupada.
Pro que o que se faz em casa ninguém fica sabendo.
Casa, o túmulo de todas as intimidades.
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An-han...