quinta-feira, 16 de julho de 2009

Vivo morrendo.


(foto: São Paulo por um amigo meu).


Ouço, escuto, sinto o girar do ponteiro do incessante relógio.
Ouço, escuto, não sinto o vibrar da máquina centrifugando a roupa.
Ouço, não escuto, sinto o morno som cansado do urbano,
Este que me envolve de dia,
De tarde,
Na madrugada,
Na noite de terça-feira.
Morno porque não me refresca.
Morno pois não me aquece.
Cansado de exaustivo labor eternificado pelo sistema,
Cansado porque já não me encanta.
Urbano pois o verde já desvaneceu,
Urbano de tanto parir concreto estéril.
Vivo morrendo neste Morno, Cansado e Urbano universo.

3 comentários:

  1. Oi.

    Eu não gosto da modernidade, embora eu faço uso dela e esteja no meio. Gostei do texto e parabéns pelo novo blog! "Eu não sou essa modernidade alienada."

    Abraço,
    R.Vinicius

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  2. "Eu quero uma casa no campo
    Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
    Onde eu possa plantar meus amigos
    Meus discos e livros
    E nada mais"

    Eu tbm não dou as mãos para a modernidade, porém caminho com ela!
    Mas sempre será assim, como já dizia Platão através do mito da caverna o mundo cada vez mais alienado e pior, ultimamente ninguém anda se soltando!

    Por isso e por outras eu fujo para Casa Branca :p

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  3. Ain Gente, que bom que bom que não estou só!!!

    Antigos jovens somos!

    ^^

    E viva Casa Branca!

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An-han...