quinta-feira, 15 de julho de 2010

Posto na mesa

Desce umas rodadas,
Por minha conta.
Até perder a conta!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Vamos?

Você me olha com olhos grandes,
Infinitos,
Castanhos límpidos como um campo de trigo doirado.

Vamos, eles me dizem.
Quando sorri é um sussurro.
Este castanho envolvente.

Deixa eu cuidar-te, eles cantam.
E quando o sol os cegam...
Um olhar multicolorido antes de uma lágrima fugidia,
Me diz, cuida de mim também.

E quando as palavras te fogem,
Me fogem,
Desaparecem todos do mundo,
Nossos olhos conversam.
Castanha prosa poética.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

enxuto

A algum tempo atraz eu não me imagina com o peito assim tão enxuto.

Todas as lágrimas que pareciam ser minha única companhia.
Repulsivamente me odiava por te amar assim.
Assim não, daquele modo.

Aquele jeito que foi tão doído, doido e doloridamente experimentado.
Não queria a minha companhia.

Hoje meu peito cicatrizado parece querer me enganar e se entregar a um novo alguém.
Parece estar querendo um novo banho de sal lacrimal.
Parece que já esqueceu.

Eu não esqueci.
Eu não deixo.

fim

Quando na escola, estudava o ciclo.
Ciclo da vida.

Nascer
Crescer
Reproduzir
Envelhecer
Morrer

A morte faz parte do ciclo da vida.
A vida depende da morte para continuar existindo.

O fim de um é o começo de outro.

O fim pode ser até um recomeço.

Um fim bem feito traz uma possibilidade de um ótimo novo começo.

Capricho nos finais.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Hoje quem morre?

Quando a mágica falta.
Quando a bola parece leve demais na cobrança de falta,
pesada demais no domínio.

Quando a torcida se cala,
grita Uuuu.

Quando o tempo corre mais que nossos laterais, e nossos atacantes menos que sua zaga.

Quando o juiz é culpado de tudo,
o técnico é culpado de tudo.

Todo mundo quer descontar nas canelas alheias,
nas cutuveladas, na cabeceadas que vão pra fora.
A única coisa que parece entrar é a angústia em nosso peito.

E o peito fica cheio com o grito de gol entalado,
trancafiado,

esperando a próxima copa.

A próxima oportunidade.

Esperamos mais 3 minutos de aflição,
desespero, falta de comunicação e técnica...

Goleiro virando meia, zagueiro virando herói e o Brasil voltando da África com mais uma derrota pra juntar.

Hoje o Brasil vai se acabar na cachaça, e eu?

Bom, eu vou esperar a Libertadores!

Porque hoje minha esperança não morre!