terça-feira, 31 de julho de 2012

Íntimo - terceiro dia

Uma conversa.
Franca, sincera, honesta, e todos mais os adjetivos repetidos que nos remetem só à VERDADE!

Umas palavras que a gente deve uma hora dessas, de preferencia agora, tirar das ENTRE LINHAS.

Nós não podemos ficar neste muro, achando que as coisas se arrumam por si só, este tipo de pensamento já nos trouxe tanto arrependimento e tanta ferida aberta e reaberta, e parece que a gente nunca ia aprender, porém um passo, uma palavra, e pronto, todo o resto a gente já conhece o roteiro. Eu sei o que você quer, o que precisa, você sabe do que eu preciso também, por que ficamos nos machucando? Por que tanta angustia?

Bem-vindo perdão.
Um recomeço sem nome, mas com uma melodia conhecida e alegre!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Íntimo - segundo dia

Uma presença incessante e insistente!
A ausência.
A saudade. Talvez devesse munir-te de poesia e cultivar orquídeas.
Talvez uma outra cidade, um outro dia.
Hoje tu queres afogar-te nas lembranças, uma embriagues contida e santa.
Apenas tudo aquilo que ainda está aqui. Só dentro de ti.
Todos se vão um dia.
Todos se foram ontem mesmo.
Difícil é ser o mensageiro que fica para contar as más-novas aos desavisados.
E cada nova gota de vinho, cada nova palavra proferida vezes repetidas, é mais
uma lembrança que queres desesperadamente tirar do teu peito.
Do teu travesseiro molhado.
Deste tapete imundo em que tens habitado a noite, remoendo, revivendo, retorcendo-te.


Revira-te novamente ao avesso, e com as vísceras à mostra, arfe melhor o ar aos pulmões.
Respire, vista-te. Mais um dia de trabalho espera-te lá fora, em duas horas deves tornar-te de novo aquela uma que um dia chamas-te de "eu". Hoje mal conheces.


No fundo do teu quarto, no fundo da tua intimidade. Um túmulo aberto e do avesso.